Senhoras e senhores, quarta música, quarta obra excelente. Já falei por aqui antes da Long Distances, e eles parecem empenhados em continuar acertando.
Já começaram o ano de 2024 com “Skin to Sea”, mais uma belíssima canção agridoce com um pé nos anos 80 e outro pé exatamente nos dias de hoje. A performance é intensa e emotiva, tratando sobre uma temática que entendo perfeitamente bem.
A banda conta que “Skin to Sea” é uma ode à natureza complicada do luto, cuja escrita começou depois que um membro da banda sofreu a perda de um dos pais em 2021 devido ao câncer. “Só vivemos para partir”. Aquele truque aprendido com o REM e o The Cure, para o ouvinte que não prestar atenção, a canção até parece animada. Mas a letra extravasa o sentimento de saudade e impermanência que sentimos ao perder uma pessoa querida.
A gravação cresce, diminui por um instante para preparar o embalo final, e chega no mantra “Todas as suas palavras e suas memórias / Memórias que eu simplesmente não consigo alcançar”, repetido por várias vezes. Ali não deu pra segurar a emoção. Quem nunca chorou ouvindo música e escrevendo um texto, não é mesmo!?
“Skin to Sea” faz parte do primeiro EP do grupo, intitulado “How the Mighty Will Fall”, e traz seus três primeiros singles, além de uma outra faixa inédita, “Bridges”, que preciso ouvir imediatamente, lógico. Alguém traz esse povo pra tocar no Brasil, por favor.
Você pode visitar a página da banda no Bandcamp.
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